Categoria: Conhecimento

Começar no Yoga não é uma resolução de início de ano

Se você se identifica como sendo aquela pessoa cheia de planos e intenções, mas que acaba não colocando em prática, saiba que no momento em que o Yoga entrar na sua vida, não haverá volta, a transformação definitiva acontece!

Compartilho os aprendizados do yoga com alunos há quase duas décadas e fico feliz ao ver a diferença entre uma pessoa que se dispõem a matricular-se numa academia de ginástica e o aluno de Yoga, pensando que está fazendo uma escolha entre práticas iguais…ledo engano!

Logo na primeira aula o engano se dissipa e o novo Yogi (praticante) nasce!

A cada ída para a aula, a pessoa segue com entusiasmo e vontade, pois já sabe como se sentirá durante e após a aula. Isso faz com que a regularidade ocorra naturalmente, sem preguiça ou auto- sabotagem como ocorre com atividades físicas.

Se voce em algum momento fez ao menos uma aula de yoga (com um bom professor), tenho certeza que a semente foi plantada e vez ou outra se pega pensando o quanto foi boa a experiência e que gostaria de poder praticar novamente, não é?

Pois bem, esteja aonde você estiver, esse desejo pode se tornar realidade, seja em aula presencial ou online, o Yoga está aí…vamos começar?

Professora Mônica Bergamo

Yoga emagrece?

Essa é uma pergunta que escuto com frequência.
Na verdade sei que a pessoa está questionando se a parte física do Yoga, os ásanas, as posturas, proporcionam perda de calorias.
Para a pergunta elaborada dessa maneira, eu diria que não, o yoga não emagrece, pois em nenhuma abordagem dessa milenar tradicão, esse é o intuito. Alíás, está muito longe disso.
Já vi reportagens a esse respeito, infelizmente até mesmo em revistas especializadas em Yoga, mostrando que determinada modalidade de Yoga gasta- se tantas calorias, em outra modalidade outras tantas e assim por diante.
Imagino que isso tenha atraído um público equivocado para os estúdios deYoga
Em relação a pergunta simples: Yoga emagrece? eu respondo que sim, tanto emagrece quanto engorda, depende do que há em desequilíbrio no indivíduo, pois Yoga é equilíbrio, harmonia, equanimidade. Alguns precisando ganhar peso, outros perder.
O desequilíbrio pode estar no aspecto físico, mental ou energético.
Um verdadeiro professor de yoga tem (ou deveria ter), a sensibilidade e conhecimento para identificar qual a maneira de conduzir o aluno para esse fim. Jamais trilhando o caminho do gasto calórico e sim identificando que no aspecto físico, deve-se encontar o equilíbrio através das posturas (ásanas) e exercícios respiratórios (pranayamas), atuando também nas funções endócrinas do corpo.
Para desarmonia mental, onde na tradição do yoga estão contidos 16 aspectos (como intelecto, emoção, inteligência, ego, etc), aplicar a meditação e boa orientação verbal e filosófica durante a aula.
No aspecto energético, a harmonização vem através deste conjunto todo.
Se você está abaixo ou acima do peso, ou mesmo no peso ideal para se sentir bem, o Yoga é para você, o Yoga é para todos, para que diariamente possamos manter a balança da vida nivelada.
Digo isso também por experiência própria. Ao iniciar o Yoga em minha adolescência, eu pesava cerca de 10 quilos a mais do que hoje.E através do Yoga como um todo, hoje sei identificar exatamente o que me levou a estar acima do peso naquela época…
Yoga proporciona o auto-conhecimento para conduzirmos a vida da melhor maneira possível.

Professora Mônica Bergamo

Benefícios do Yoga: físicos, emocionais, mentais, energéticos e espirituais.

Vou tentar colocar em palavras o que acredito que você precise colocar em prática para entender…

Um pouco do que ocorre a nível físico com a prática regular do Yoga:

Muda nossa fisiologia;

Melhora o funcionamento dos nossos órgãos e tecidos;

Maximiza o fluxo de prana (energia vital) através dos movimentos e da respiração que está sempre presente;

Otimiza o fluxo sanguíneo e a tonificação de nossos órgãos internos que são desintoxicados;

Atua no sistema endócrino e com isso influencia na liberação de hormônios. 

No nível emocional e mental:

Traz para a consciência traumas e tensões emocionais que ficaram estagnados em algum lugar do corpo físico;  

Promove clareza emocional para perceber quando as emoções estão agindo através de nós;

Devido ao fluxo de prana e a melhora do fluxo sanguíneo que os ásanas promovem ajudam a mente a se acalmar; aquietando o sistema nervoso;

Presença para o aqui e agora;

Promovem a estabilidade mental; ficamos mais aptos a auto-observação e com isso aprendemos a não agir de modo reativo às situações e sim de maneira sábia e consciente.

No nível energético:

Proporciona mais espaço no corpo físico para o prana, energia vital, fluir e chegar com qualidade em todos os cantos do nosso corpo;

Maximiza: saúde, bem-estar, vitalidade, entusiasmo, e uma visão mais positiva da vida;

Cada indivíduo, segundo a Ayurveda (ciência da vida, da tradição indiana), tem uma constituição chamada dosha e ao adequar sua prática de ásanas, alimentação e hábitos ao seu dosha, há um equilíbrio energético que te proporciona a dose ideal entre Rajás (ação) e Tamás (inação).

 No nível Espiritual:

Toda essa conexão interna, fluxo de prana, estado de consciência no momento presente nos ajudam a nos conectar com nossa essência; entrar em comunhão com o divino que está dentro de nós e não fora.

 Professora Mônica Bergamo

 

O mantra OM

Toda a literatura do Yoga se fundamenta na língua antiga surgida na Índia chamada Sânscrito. Quando vocalizamos essa língua é chamada sânscrito; quando a escrevemos, seu alfabeto é o devanagari.
Sendo assim, podemos vocalizar o mantra OM (AUM) ou grafá-lo ॐ
O que importa no Om não é sua forma, mas seu som que é carregado de significado; explicado pela Māṇḍūkya Upaniṣad, que usa a sílaba para indicar a realidade última, aquilo que é livre de todo o universo de nomes e formas, que é a paz, livre de qualquer coisa que não seja ele mesmo, não-dual.
A sílaba Om indica tudo: os três estados da consciência: sono profundo, sonho e desperto (que incluem o não-manifesto e o universo inteiro de coisas manifestas) e também aquilo que os sustenta e que deles é distinto.
Entender o Om através do intelecto é inútil, sugiro que aplique esse mantra em sua rotina de meditação e sinta por si só os efeitos!

Desapego, o exemplo das abelhas.

O maior exemplo de desapego vem das abelhas. Após construírem a colmeia, abandonam-na e não a deixam morta, em ruína, mas viva e repleta de alimentos. Todo o mel que fabricaram além do que necessitavam, é deixado sem preocupação com o destino que terá.

Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. Na vida das abelhas temos uma grande lição. Em geral, o homem constrói para si.Pensa no valor da propriedade, tem ambição em conseguir mais bens; sofre e briga quando na iminência de perder o que “lutou” para conseguir. “Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros…” Assim não pode haver paz quando pensamentos e sentimentos prendem o ser ao que ele julga sua propriedade. Essa teia não o deixa alçar voo para novas moradas. E tal impedimento ocorre em vida ou mesmo após a morte, como um simples pensamento como, “para quem vai ficar a minha casa? ” é capaz de retê-lo em uma etapa que já podia estar superada.

Mas as abelhas fabricam o próprio alimento sem nada destruir e ainda doam a maior parte dele . A lição das abelhas vem do seu espírito de doação. Num ato incomum de desapego, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente o soltam, sem preocupação se vai para um ou para outro. Deixam o melhor que têm, seja para quem for- o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou de dirigir a doação para alguém de nossa preferência.

Se quisermos ser livres, se quisermos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar em nós um único desejo: o de nos transformar.

O exercício é ter sempre em mente que nada nem ninguém nos pertence, e que devemos soltá-los.Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda, e sim visão mais ampla. O sofrimento vem quando nos fixamos a algo ou alguém. O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que há algo maior para nosso crescimento.E se não abrirmos mão do velho, como pode ter espaço para o novo?